Denotação e Conotação
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra) e significado, pois essa ligação representa uma convenção. É baseado nesse contexto de signo lingüístico (significante e significado) que se constroem as noções de denotação e conotação.
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado sentido verdadeiro, real.
Exemplo: O gato tinha o pelo macio e branco.
Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre significante e significado.
Exemplo: O vizinho fez um gato no poste de luz.
Os textos literários exploram bastante as construções de base conotativa, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores. Ainda com base no signo lingüístico, encontra-se o conceito de polissemia (possibilidade que a palavra tem de apresentar varias significações).
Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz... Nesse caso, não se está atribuindo um sentido figurado à palavra ponto, e sim ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e esclareçam o sentido.