Funções da Linguagem

Funções da Linguagem

 

Função Emotiva/Expressiva

É centralizada no emissor. Como o próprio nome já diz, tem o papel de exprimir emoções, impressões pessoais a respeito de determinado assunto.

            Por esse motivo, ela normalmente vem escrita em primeira pessoa e de forma bem subjetiva.

            Em textos que utilizam a função emotiva, há uma presença marcante de figuras de linguagem, mensagens subentendidas, etc.

            Os textos que mais comumente utilizam esse tipo de linguagem são as cartas, as poesias líricas, as memórias, as biografias, entre outros.

Exemplo: “É bonito ser amigo, mas, confesso, é tão difícil aprender!”

(Fernando Pessoa)

 

Função Referencial

            Esse tipo de linguagem é centralizado no referente. Como seu foco é transmitir a mensagem da melhor maneira possível, a linguagem utilizada é objetiva, recorrendo a conceitos gerais, vocabulário simples e claro ou, dependendo do público-alvo, vocabulário mais adequado a ele.

            Há objetividade nas informações e clareza nas idéias. Prevalece o uso da terceira pessoa, o que torna o texto ainda mais impessoal. Os texto que normalmente fazem uso dessa função são os jornalísticos e os científicos.

Exemplos: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes.”

(Jornal O Popular, 16 out. 2008)

 

Função Apelativa / Conativa

            Como sugere o nome, essa função serve para fazer apelos, pedidos, para comover ou convencer alguém a respeito do que se diz. Centralizada no receptor, procura influenciá-lo em seus pensamentos ou ações.

            É bastante freqüente o uso da segunda pessoa, dos vocativos e dos imperativos. Essa função é aplicada particularmente nas propagandas ou outros textos publicitários, e também em campanhas sociais.

Exemplo: “Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos.”

(Propaganda do ItaúCard)

Função Fática

            Centraliza-se no canal. Tem o objetivo de estabelecer um contato ou comunicação, não necessariamente com uma carga semântica aparente. É utilizada em saudações, cumprimentos do dia a dia, expressões idiomáticas, marcas orais, etc.

Exemplo: “Alô!” (ao atender um telefonema), “Entendeu?” (durante um diálogo)

 

Função Poética

            Centraliza-se basicamente pelo uso de linguagem figurada, metáfora e demais figuras de linguagem, rima, métrica, etc. É semelhante à linguagem emotiva, sendo que não necessariamente revela sentimentos ou impressões a respeito do mundo.

            Essa função é aplicada em poesias, músicas e em algumas obras literárias, centralizando a própria mensagem.

Exemplo: “Sou um mulato nato / no sentido lato / mulato democrático do litoral...”

(Caetano Veloso)

Função Metalingüística

            Caracterizas-se por utilizar a metalinguagem, ou seja, o código explicando o próprio código. Está presente principalmente em dicionários e gramáticas, mas podem ocorrer também em poesias, obras literárias, etc.

Exemplo: “A poesia é incomunicável / Fique torto no seu canto / Não ame”

(Carlos Drummond de Andrade)

 


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